15.11.06

A jurisprudência do provedor - Pr. I

De facto. Tal como foi anunciado, eu ando por aqui. Na verdade, não era bem por aqui que eu pretendia andar, mas como o blog do Pacheco Pereira já tem um provedor que, por acaso, é o autor que, por acaso, é o único leitor que, mesmo assim não tem pachorra para ler tudo até ao fim, optei por aceitar o convite de MM para dar alguma credibilidade cientifica a este espaço de egocentria gratuita.

Não esperem de mim elogios fáceis, nem mesmo elogios, ou até mesmo fáceis. Terei dois olhos desatentos à actualidade deste blog e limitar-me-ei a seguir o caminho de apreciação superficial dos conteúdos, na medida em que não tenho pachorra para estudar os dossiês.

Ainda assim, tenho a certeza que a mais ínfima das minhas sapientes análises trará mais ensinamentos para as três pessoas e um quarto que visitam este blog, que 36 posts do Pacheco Pereira (mais as 734.273.927 páginas e meia da biografia do Álvaro Cunhal), toda a literatura produzida pelos tribunais europeus no âmbito do processo de lenocínio de Belmonte e uma compilação de receitas do Doce da Casa, em fascículos, entregue com o 24horas ou o Expresso. Tudo junto!

Esta é a minha modesta declaração de princípios inicial e, como nem uma sandes de courato vou receber por isto, espero pelo menos fazer jurisprudência na maior parte das coisas que direi e provar que continua a não ser “justo nem razoável que persistam enviesamentos masculinocêntricos tão acentuados na selecção das questões políticas agendáveis” (Sampaio: 2004).

Se quiserem endereçar-me dúvidas ou apresentar sugestões, não o façam! Não vou ter tempo para ler! Se persistirem nessa hedionda intenção, façam-no para as caixas de comentários das minhas apreciações. Afinal, não vale a pena tirar o protagonismo à dona do blog, mais magnânime que o Pacheco Pereira e sensivelmente mais gira que a Odete Santos.

PS: Todas as vezes que a minha voz jurisprudente falar, comentarei o que bem me apetecer, destacando depois alguns comentários cuja escolha obedecerá ao critério, naturalmente, do que bem me apetecer.

PSD: “Boca no comentário” será o lugar para esse segundo momento.

CDU/PEV: Cá vão os primeiros “Boca no comentário”.

“BOCA NO COMENTÁRIO I”:
- Orientações de um blog com sucesso:
Todas as ambições culturais dos visitantes deste blog são muito bonitas e elevadas, mas, de facto, a malta poderá entusiasmar-se muito mais com a vida amorosa/erótico/sexual de MM. Até porque a coisa tinha começado bem, principalmente com a referência aos pilaretes fálicos da Covilhã. Recomendo à Gueixa que incentive mais este tipo de posts.

“BOCA NO COMENTÁRIO II”
- Os poetas de pacotilha:
Algures no mundo, Alex compôs uma lírica de inspiração erótico-burguesa, com especial incidência na apanha do míscaro (cujo nome científico é Tricholoma equestre, informação que vos deixo, sine pecunia) e dos pinocos. De facto, uma composição que rivaliza com alguns mestres do surrealismo nacional, autores de prosas como “Meu Lotus azul, ópio do povo, Jaguar perfumado tigre de papel” (GNR: 1992), ou ainda, “Há quanto tempo não comia um bifedestes, um bifedestes, à portuguesa. Ai que saudades qu’eu tinha d’um bifedestes, um bifedeeeeeeeestes à portuguesa” (Nel Monteiro: 1995). Continue o bom trabalho Alex, cá esperamos mais destas. Se conseguir incluir bifes acém nos seus delírios, ficam ainda mais suculentos.

Despeço-me com amizade,

Sancho de Interaccionista e Simbólico, Dr. Provedor
(Interaccionista simbólico, para os mais chegados, para os que sabem onde ele mora e onde estaciona o carro ou então que lhe conhecem os podres)


1 comentário:

Raimundo disse...

E eu vou já armar-me em estúpido e começar a criticar: então esta porcaria de blog já está online há mais de 15 dias e o seu digníssimo dono ainda não arranjou um tempinho para dar uns toques pessoais ao template?!...

Prontos... eu não queria dizer "porcaria de blog" pá... foi só para dar um tom de agravo à frase...